

- SOUR · 2021
- GUTS · 2023
- SOUR · 2021
- drivers license - Single · 2021
- SOUR · 2021
- SOUR · 2021
- GUTS · 2023
- GUTS (spilled) · 2024
- SOUR · 2021
- GUTS · 2023
- GUTS · 2023
- GUTS · 2023
- SOUR · 2021
Álbuns essenciais
- Se Olivia Rodrigo tiver algum superpoder, certamente é o de, aos 18 anos, já ter entendido que a adolescência não poupa ninguém. Os corações partidos, as humilhações, o peso vertiginoso de cada pensamento solitário e de cada sentimento desproporcional – coisas que, na verdade, nunca nos abandonam de vez, e explorá-las com honestidade quase sempre rende boas canções pop. “Cresci ouvindo música country”, conta ao Apple Music a cantora e compositora (e também uma experiente atriz que atualmente estrela High School Musical: The Musical: The Series, do Disney+), nascida na Califórnia. “E esse gênero é muito impactante e emocional porque é superespecífico, o country desenha os cenários muito claramente. Acho que uma música se torna muito mais especial quando você consegue visualizá-la e imaginá-la – e até mesmo sentir o cheiro e o gosto de todas aquelas coisas que o compositor está expondo.” Ouvir o álbum de estreia de Olivia é saber – em um nível muito profundo e quase desconfortavelmente familiar – exatamente o que ela estava vivendo quando o escreveu, aos 17 anos. Ancorada pela onipresente balada de fim de namoro “drivers license” – o angustiante e muito bem estudado single da cantora que, assim que foi lançado, em janeiro de 2021, já tinha aquele ar de canção do ano –, SOUR combina o pessoal e o universal com um efeito frequentemente dramático, articulando detalhes autobiográficos e a franqueza de quem abre seu diário para o mundo com performances que lembram tanto o pop millennial de Taylor Swift (“favorite crime”) quanto o rock alternativo dos anos 90 de Elastica (“brutal”) e Alanis Morissette (“good 4 u”). O álbum tem o som e a pegada de um clássico instantâneo – um Jagged Little Pill para a geração Z. “Tudo o que eu estava sentindo naquela época era muito intenso”, diz a cantora. “Dei ao álbum o nome SOUR porque foi um período muito amargo da minha vida – eu me lembro de estar muito triste, muito insegura e muito brava. Eu sentia todas essas coisas e elas ainda são muito reais, mas eu definitivamente não estou mais sentindo-as com tanta intensidade. É bom poder olhar para trás, para como eu estava me sentindo, e pensar: ‘No fim, deu tudo certo. Você está bem agora.’” Um pouco mais velha e muito mais sábia, a cantora compartilha o que aprendeu canalizando todo esse conhecimento em um dos álbuns de estreia mais memoráveis dos últimos anos. Let Your Mind Wander “Eu fiz um curso preparatório de psicologia no colegial e eles ensinaram que você fica mais criativo quando está fazendo tarefas mais simples, porque metade do seu cérebro está ocupado com aquilo e a outra metade pode ficar divagando. Acho que, por essa razão, tenho ideias muito boas quando estou dirigindo. Na verdade, escrevi o primeiro verso e parte do refrão de ‘enough for you’ enquanto caminhava pelo meu bairro. E tive a ideia para ‘good 4 u’ durante o banho. Acho que dar um tempo do estúdio e ir viver sua vida é tão produtivo quanto – ou até mais que – ficar lá sentada numa sala, com sua guitarra, tentando escrever novas músicas. Durante a produção de SOUR houve, talvez, três semanas em que passei 13 horas por dia, seis ou sete dias por semana no estúdio. Na verdade, eu me lembro de me sentir totalmente sem criatividade. E as músicas que eu estava fazendo não eram muito boas. Acho que essa é uma prova real de que dar um tempo pode ser muito produtivo. Existe um limite do quanto você consegue escrever quando fica no estúdio o dia inteiro, só ouvindo suas próprias coisas” Trust Your Instincts “Antes de conhecer meu colaborador, produtor e co-compositor frequente, Dan Nigro, eu ficava lá no meu quarto escrevendo as músicas, totalmente sozinha. Então foi meio que um processo de aprendizagem descobrir como colaborar com outras pessoas, defender suas ideias e também se abrir às ideias dos outros. Às vezes, você precisa de um tempo para conquistar aquela autoconfiança que irá te lembrar que seus instintos são legítimos e também são o que te tornam uma artista especial. Durante um período, eu penei para compor canções mais animadas porque, na minha cabeça, eu tinha que escrever sobre felicidade ou amor se eu quisesse fazer as pessoas dançarem. E ‘brutal’ é, na verdade, uma das minhas músicas favoritas de SOUR, mas ela quase ficou de fora do álbum. Todo mundo falava: ‘Você colocou ‘brutal’ como primeira faixa? As pessoas vão desligar o som assim que escutarem essa música.’ E acho que ela é uma excelente introdução para o universo de SOUR/i>.” It Doesn’t Have to Be Perfect “Eu fiz esse álbum aos 17 anos. Existe uma espécie de sentimento que te acompanha quando você lança um álbum com essa idade, que é tipo: ‘Meu Deus, esse não é o melhor que sou capaz de fazer. Eu poderia criar algo melhor do que isso.’ Então foi muito importante aprender que esse álbum representa apenas uma pedaço da minha vida, e não precisa ser o melhor trabalho da minha carreira. Talvez meu próximo álbum seja melhor e talvez eu esteja mais madura. Acho que é legal para os ouvintes poderem participar dessa jornada com os compositores e assisti-los refinar seus trabalhos. Não precisa ser perfeito agora—é o melhor que posso fazer aos 17 anos, e isso é o suficiente, e é bem legal desse jeito mesmo.” Love What You Do “Aprendi que gosto bem mais de fazer as músicas do que de lançá-las, e este amor pela composição, para mim, se manteve o mesmo o tempo todo. Aprendi a nutri-lo em vez de ficar pensando: ‘Ah, quero criar um hit Top 40’ e tal. Para ser sincera, quando ‘drivers license’ saiu, fiquei meio preocupada que fosse acontecer o oposto, e que eu iria querer compor todas as minhas músicas para emplacá-las nas paradas. Mas amo compor de verdade, e acho que esse é um lugar muito legal para se estar.” Find Your People “Acho que a intenção das pessoas que sempre dizem ‘sim’ para tudo o que você faz é te passar segurança. Mas, sempre que as pessoas acham que tudo o que faço é incrível, me sinto muito insegura por alguma razão; fico achando que tudo está ruim e que estão mentindo pra mim o tempo todo. Então é incrível ter alguém comigo no estúdio em quem realmente confio. Esse cara é o Dan. Ele pode me dizer: ‘Essa música é incrível. Vamos nessa.’ Mas também posso tocar uma música que gosto muito e ele falar: ‘Olha, não acho que essa seja sua melhor música. Acho que você consegue compor uma melhor.’ É muito empoderador e muito legal estar cercada de pessoas que se importam a ponto de te dizer que acham que dá para você fazer melhor. Ser uma compositora é meio estranho porque escrevi músicas e disse certas coisas, contei segredos às pessoas por meio das minhas letras que não conto nem para as pessoas com quem estou o tempo todo. É uma coisa extremamente vulnerável de se fazer. Mas, de novo, são pessoas que me amam e que se preocupam comigo – e que me deram confiança para eu fazer tudo isso e mostrar quem realmente sou.” You Really Never Know “‘Drivers license’ nunca foi uma daquelas músicas que eu pensaria: ‘Essa é um hit.’ É só um pequeno pedaço do meu coração, uma música bem triste. Foi muito legal ver como a autenticidade e a vulnerabilidade são sentimentos com os quais as pessoas realmente se conectam. E todo mundo sempre diz isso, mas você nunca tem muita certeza. Vários homens já adultos me falam: ‘Sou bem casado e tenho três filhos, mas aquela música me transportou para um término de namoro lá da época da escola.’ É bem legal conseguir impactar não apenas pessoas que estão passando pelas mesmas coisas que você, mas levar outras de volta para um momento em que elas viveram essas coisas. Isso é surreal, é o sonho de qualquer compositor.”
Playlists
- Conheça a nossa Artista Revelação do Ano, vencedora do Álbum e Música do Ano.
- Quer ir a um show de Olivia Rodrigo? Confira o setlist por aqui.
- Fenômeno do pop, cantora se inspira em grandes nomes da música.
- Assista à entrevista com a vencedora do Álbum do Ano, Música do Ano e Artista Revelação de 2021.
Mais para ouvir
- Ouça como foi o premiado ano de Olivia Rodrigo.
Veja também
Sobre Olivia Rodrigo
Cantora e atriz, descendente de alemães, irlandeses e filipinos, Olivia Rodrigo tinha 17 anos recém-completados quando escreveu no diário o trecho que seria transformado no verso de abertura de um dos maiores hits de 2021: “Consegui minha carteira de motorista na semana passada”. Sim, a melancólica narrativa de “drivers license” é dolorosamente real, como a artista conta ao Apple Music: “Lá estava eu, dirigindo pelo meu bairro, ouvindo músicas muito tristes, chorando de verdade. Quando cheguei em casa, pensei: ‘Acho que deveria escrever uma música sobre isso: chorar dirigindo um carro’.” A artista nascida na Califórnia é um fenômeno único. Para alguns, Rodrigo caiu de paraquedas no topo do pop, amparada por esta balada. Para outros, ela é conhecida desde 2016, quando apareceu como uma das atrizes/cantoras da Disney (o currículo inclui as séries Bizaardvark e High School Musical: A Série: O Musical, cuja trilha sonora tem músicas assinadas por ela). Com o elogiado álbum de estreia SOUR (2021), a cantora encapsula a doçura melódica de Taylor Swift e de Kacey Musgraves (“enough for you” e “hope ur ok”), e a energia explosiva de Hayley Williams e de Alanis Morissette (na abertura com “brutal” ou no refrão de “good 4 you”). Mas o que difere o início da carreira de Rodrigo do de outras ex-atrizes/cantoras da casa do Mickey – grupo que inclui Britney Spears, Demi Lovato e Miley Cyrus –, vai além da liberdade de cantar alguns palavrões nas músicas: é a possibilidade de se comunicar com gerações além da sua. Jovem, ela retrata a perda de um amor de forma tão visceral e redondamente pop, que acaba se conectando com quem cresceu com o emocore dos anos 2000, com o pop punk dos anos 90 e até com a turma que se encantou com o pós-punk da década de 80. O que eles têm em comum com Olivia Rodrigo? Muitos já choraram um coração partido enquanto dirigiam por alguma noite solitária demais.
- DE
- Murrieta, CA, United States
- NASCIMENTO
- 20 de fevereiro de 2003
- GÊNERO
- Pop